ENSINO E PESQUISA EM ARQUIVOLOGIA: cenários prospectivos
Os estudos e cenários prospectivos representam uma reflexão ousada e antecipada, mas consciente, que busca orientar a ação com propriedade, amplitude, densidade e profundidade. O processo prospectivo se apresenta como importante e necessário ao permitir:
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identificar a realidade, considerando as diferentes visões e interpretações dos agentes envolvidos; e
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desenvolver e implementar, de forma colaborativa e segura, passos estratégicos – passos esses que precisam contemplar os mecanismos, instrumentos, procedimentos, comportamentos e atitudes que envolvem tanto o processo de preparação, quanto a efetiva evolução no tempo, nos contextos e nos espaços.
Estudos e cenários prospectivos compreendem um trabalho de composição e preparação, em que precisam ser dosados vários elementos com a finalidade de colocar-se em condições adequadas para as atividades posteriores, munindo-se daquilo que é necessário para suportar os impactos e usufruir com qualidade e efetividade as circunstâncias convenientes, úteis e benéficas para o coletivo.
Monitoramento e preparação são essenciais para a sobrevivência de um campo científico em um contexto dinâmico de mudanças. A inércia leva ao isolamento e à desativação. Os riscos podem e precisam ser minimizados e afastados, e em contrapartida, as oportunidades podem ser maximizadas e efetivamente aproveitadas. É importante que Arquivologia brasileira monitore e acompanhe esses movimentos dinâmicos.
A V Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia (V Reparq), ao assumir o seu papel de promotora da interlocução eficiente dos representantes da Arquivologia no Brasil, proporcionando trocas de experiências e vivências adquiridas no âmbito da pesquisa e do ensino na área, representa um ambiente fértil para se pensar os cenários prospectivos para Arquivologia.
Ao propor essa reflexão, a V Reparq reafirma os compromissos assumidos desde a sua primeira edição:
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fomentar novos patamares à qualidade do ensino e da pesquisa da Arquivologia no país;
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contribuir para o amadurecimento da área como campo científico, proporcionado maior visibilidade à área;
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acompanhar e subsidiar a demarcação da Arquivologia, sobretudo com a construção de uma consciência coletiva da comunidade brasileira;
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colaborar com a consolidação da institucionalização da Arquivologia como campo científico autônomo, porém sem deixar de dialogar com as áreas afins e a sociedade.
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